Muro de Berlim, uma consequência da
Guerra Fria e cuja queda completa 20 anos amanhã (9 Novembro), é o símbolo da divisão da Alemanha e da Europa. Na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, Berlim foi dividida ao meio por ordem das autoridades da República Democrática da Alemanha (RDA, Alemanha Oriental), que mandaram instalar uma cerca com arames para partir fisicamente a cidade.
O muro, classificado como "da vergonha" pelo Ocidente e como "muralha de protecção contra o antifascismo" pelo leste, permaneceu de pé durante 28 anos, dois meses e 27 dias.
Na sua construção, decidida na reunião do Pacto de Varsóvia (Moscou, junho de 1961) por iniciativa da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), trabalharam cerca de 40.000 soldados e policiais da RDA.
Com pouco mais de 155 quilómetros de extensão, o muro cruzava Berlim e rodeava a parte ocidental, transformando-a numa "ilha".
A origem deste muro está na divisão da Alemanha, decidida pelas potências vencedoras (Estados Unidos, Reino Unido, França e URSS) da Segunda Guerra Mundial e que, em 1949, deu origem a dois países: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a RDA.
Com o muro, Berlim tornou-se símbolo da Europa repartida em dois blocos após a explosão da chamada Guerra Fria, travada por EUA e seus aliados ocidentais, de um lado, e pela URSS e os países sob sua influência ao leste da Áustria, do outro.
No entanto, para muitos a iniciativa foi um fracasso. Pelo menos 276 pessoas morreram e mais de 3000 foram presas, quando tentavam ultrapassar o muro para fugir do comunismo do lado leste.
A queda do Muro de Berlim significou o início do fim dos regimes comunistas.
No entanto, neste momento, estão a construir-se muros nos Estados Unidos, Israel, Índia e noutros países, cujo objectivo (dizem os políticos) é impedir a entrada de terroristas, mas todos sabemos que os países ricos não querem ser incomodados com a pobreza dos países vizinhos e, por isso, constróiem muros...
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